O comerciante Jailson Santos Mendonça, acusado de matar a ex-companheira Maridalva da Silva Mendonça, serventuária do Departamento de Trânsito da Bahia (Detran), na última terça-feira (26), foi apresentado, na manhã desta quinta-feira (28), logo após receber alta do Hospital Geral do Estado (HGE). Para os jornalistas, ele disse estar arrependido e negou que tivesse premeditado o crime.
A versão, porém, é contestada pelo delegado Guilherme Machado, coordenador da 2ª Delegacia de Homicídios (2ªDH/Central), com fatos obtidos pela investigação. “O bilhete encontrado com Jailson, o chumbinho que teria tomado depois de esfaqueá-la e a faca que levou são indícios de que o crime foi premeditado, de que ele planejou tudo”, ponderou Machado.
Ainda de acordo com o delegado, a investigação da DH/Central descobriu também mensagens trocadas entre o comerciante e a vítima, revelando que ele planejava matá-la no Natal. Jailson já havia ameaçado a ex-mulher, segundo depoimentos de testemunhas ouvidas.
"O autor estava ameaçando a vítima desde o dia 14 de dezembro, quando terminaram efetivamente a relação e prometeu matá-la justamente no Natal. Infelizmente, a vítima não deu a atenção devida a essa ameaça. Adicionamos aos autos os diálogos que foram coletados através do aplicativo WhatsApp em que ele afirma, categoricamente, que iria matá-la no Natal e, em seguida, se suicidar. É um crime que a polícia poderia ter evitado, se tivesse conhecimento prévia a essa ameaça", diz o delegado.
O crime
Jailson encontrou Maridalva por volta das 8 horas da terça-feira (26), no ponto de ônibus próximo ao Detran. Ao subirem a ladeira que dá acesso ao órgão, Jailson desferiu vários golpes na vítima. Depois ingeriu veneno para ratos e foi socorrido pelos seguranças do local para o HGE.
E, depoimento, Jailsom alegou que morou com a vítima durante dois anos em Muritiba, mas há dois meses estavam separados. O fim do relacionamento teria acabado pelas brigas motivadas por ciúmes de ambas as partes. Segundo o testemunho de pessoas próximas à vítima, Maridalva estava sendo ameaçada nos últimos dias pelo ex-companheiro, mas ela se recusou a registrar uma ocorrência policial.
Mais de dez pessoas foram ouvidas no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), entre os seguranças que fizeram a condução do autor e os colegas de trabalho e parentes da vítima. A prisão em flagrante do comerciante já foi convertida em prisão preventiva pela Justiça. Jailson seguirá para o sistema prisional
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