O Facebook anunciou a alteração mais significativa em anos do seu feed de notícias (página inicial do usuário), em que reportagem das empresas jornalísticas e vídeos virais terão menos espaço. Em compensação, o conteúdo feito por amigos e familiares será priorizado.
Segundo Mark Zuckerberg, presidente-executivo da empresa, a mudança (que vai acontecer nas próximas semanas) visa aumentar o total de conteúdo com “interação significativa” que as pessoas consomem na rede social com 2 bilhões de usuários.
A ideia, de acordo com o executivo, é reduzir o que ele chama de “conteúdo passivo”: vídeos e artigos que exigem apenas que o usuário assista ou leia.
“Queremos garantir que nossos produtos não são apenas divertidos mas também bons para as pessoas”, disse Zuckerberg. “Precisamos mudar o foco do sistema.”
Em outubro, a empresa havia iniciado um teste em seis países (como Eslováquia e Bolívia) tirando as páginas de mídia e outras do feed de notícias. Na ocasião, Adam Mosseri, diretor mundial do feed de notícias, disse que o Facebook não planejava realizar globalmente a mudança.
Estudo do site eslovaco “Denník N” mostrou que a mudança atingiu mais o jornalismo profissional do que os sites de “fake news”.
De outubro a dezembro, as interações (likes, comentários e compartilhamentos) nas páginas das 50 maiores empresas de mídia do país caíram 52%. Já as interações dos “sites e páginas de desinformação”, que produzem notícia falsa para obter tráfego e publicidade, caíram 27%.
Com as mudanças anunciadas pelo Facebook nesta quinta-feira (11), as “fake news” podem continuar a se espalhar: se um parente ou amigo publica um link de um artigo que é bastante comentado, esse post vai receber destaque no feed do usuário.
O objetivo final da alteração é algo que é difícil de ser medido e de ser obtido: o Facebook quer que as pessoas se sintam bem depois de usar a rede social.
“Quando as pessoas estão se envolvendo com gente de quem são próximas, isso é mais significativo, mais gratificante”, disse David Ginsberg, diretor de pesquisa do Facebook. “É positivo para o seu bem-estar.”
A empresa, avaliada em US$ 550 bilhões, tem sido nos últimos meses alvo de críticas pelo que ela mostra para os usuários e se eles estariam sendo influenciados negativamente por esse conteúdo.
Uma das questões é se os seus algoritmos não podem ter sido influenciados por conteúdo criado por operadores russos, favorecendo a eleição de Donald Trump em 2016.
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