130 anos depois da Lei Áurea, a escola de samba Paraíso do Tuiuti aproveitou seu espaço na avenida para questionar se a escravidão foi, de fato, extinta no Brasil. A pergunta foi tema da apresentação, que começou pela exploração dos negros trazidos da África no passado, até terminar com a atual precarização do trabalho.
Precarização do trabalho foi um dos temas abordados pela Tuiuti |
A parte final do desfile teve ainda críticas sociais atuais, como à reforma trabalhista. A ala guerreiro da CLT representava os trabalhadores que estão tentando se proteger dos ataques às leis do trabalho.
O nome da ala que criticou a reforma das leis trabalhistas se chamou guerreiro da CLT |
Num outro carro havia os manifestoches, pessoas vestidas com camisas da seleção brasileira e com panelas, que eram manipuladas por mãos gigantes que saiam de um carro com sacos de dinheiro no topo. O destaque era um vampiro usando uma faixa presidencial.
Os manifestoches na Sapucaí |
"Esse foi o melhor carnaval da história da Tuiuti. Foi o carnaval da superação, depois de tudo que aconteceu no ano passado. Estamos buscando traçar o mesmo caminho das grandes escolas. Elas erraram no passado também. Nós demos a volta por cima", disse o presidente da Paraíso da Tuiuti, Renato Thor, ao jornal O Globo, após a passagem pela Sapucaí.
Detalhe do carro contra a precarização do trabalho na Tuiuti |
Ano passado, a escola ficou na última colocação e só não caiu porque, por conta dos acidentes com carros alegóricos na agremiação e também na Unidos da Tijuca, não houve 'rebaixamento'.
O afirmou, após o fim da passagem da escola pela Marquês de Sapucaí, que "esse foi o melhor carnaval da História da Tuiuti". A escola passou pela avenida repleta de sátiras e referências a temas polêmicos.
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