Início de temporada do Bahia tem decepcionado o torcedor tricolor

Dos seis jogos do ano, o Bahia só conseguiu vencer dois; time é o 6º no Baianão


O torcedor do Bahia anda de cara feia para o time, e com toda razão. O tricolor, que sempre entra no Campeonato Baiano como protagonista e um dos favoritos ao título, tem decepcionado no estadual.


Após empate em 0x0 com o Jacobina, no domingo (4), o Bahia encerrou a quarta rodada na 6ª colocação, com apenas cinco pontos somados. Dos quatro jogos que fez, o Bahia venceu só um.


A primeira decepção do tricolor veio logo na estreia, quando o time foi derrotado pelo Bahia de Feira, por 1x0, no Joia da Princesa. Depois, venceu a única da competição contra o Jacuipense, por 2x1, na Fonte Nova. Nas últimas duas rodadas, dois empates sem nenhum gol marcado. Pela 3ª rodada, enfrentou o Fluminense de Feira, em Pituaçu, enquanto a rodada passada foi diante do Jacobina, lanterninha do estadual, fora de casa. O time do interior ainda não tinha somado nenhum ponto.


Ou seja, um dos favoritos da competição tem apenas dois gols em quatro jogos e não está nem na primeira metade da tabela, já que, ao todo, 10 times disputam o Baianão e o time do técnico Guto Ferreira é apenas o 6º. O Flu de Feira, mesmo com um jogo a menos que o Bahia, já fez sete pontos e está em 3°. O aproveitamento do Esquadrão é de apenas 41,67%.


Se levar em consideração o desempenho na Copa do Nordeste, a situação do tricolor não tem muita alteração. Na competição regional, o time fez dois jogos: perdeu na estreia para o Botafogo-PB por 1x0, na Fonte Nova, e venceu o Altos-PI por 2x0, em Teresina.


Juntando os dois torneios, o Esquadrão soma seis atuações no ano, com dois triunfos, dois empates e duas derrotas - 44,4% de aproveitamento. Muito pouco para o que o torcedor esperava.


Justificativas
Questionado pelo desempenho da equipe após o empate em 0x0 contra o Jacobina, o técnico Guto Ferreira falou sobre sequência exaustiva de jogos e campo ruim, mas admitiu que o Bahia ficou longe de brilhar com a bola no pé.


“Em cima das dificuldades da partida, ficou um segundo tempo onde tínhamos que nos superar. Temos uma sequência de jogos, e você jogar com um jogador a menos... A gente estava no retorno de Teresina, e eles descansados. O Orlando [da Hora, técnico do Jacobina], matreiro, não nasceu ontem, deixou o gramado alto, tirou a velocidade do jogo e, no segundo tempo, foi para o tudo ou nada. Nós crescemos, mas não foi suficiente”, avaliou o treinador, que fez um panorama do que foi apresentado pelo tricolor até aqui, neste início de temporada.


“Se você analisar as partidas do Bahia, até eu não deveria colocar essa situação, as duas equipes que saíram para o jogo contra o Bahia foi o Jacuipense e Altos, nós ganhamos. O Jacobina veio com as linhas baixas. No decorrer do primeiro tempo, nosso time foi relaxando e cedendo os contra-ataques. Em um desses contra-ataques, tivemos a infelicidade de perder um dos jogadores. O Bahia, mesmo criando as chances, não soube matar o jogo, aproveitar. O empate acabou sendo justo. O time do Jacobina fez boa partida e nós fomos aquém”, completou.


Mas o que tem feito o Bahia não engrenar na competição tida como a mais fácil que o clube disputará no ano? Segundo Guto, o problema maior é o entrosamento. Ou melhor, a falta dele. Afinal, o time foi reformulado em todos os setores, do gol ao ataque.


Ao todo, 11 jogadores foram contratados na temporada: o goleiro Douglas, o zagueiro Douglas Grolli, os laterais Nino Paraíba, Léo, João Pedro e Mena, os volantes Nilton, Gregore e Elton e os atacantes Kayke e Elber.


Guto acredita que o elenco ainda precisa de mais jogos para se entrosar e, enfim, fazer boas apresentações. “Praticamente não estamos treinando, os treinamentos são poucos. Situação de trocar os jogadores para não lesionar e assim mesmo tivemos lesões. Você perde em vários fatores, mas não em perder o jogador. Você coloca os jogadores, e eles ainda não estão no 'time' (tempo, em inglês). Lá na frente você vai ter uma série de situações até que a equipe chegue o seu patamar físico, técnico e tático. E por que os outros estão na frente, até o nosso rival? Trabalho sequenciado com poucas mudanças”, sentenciou o comandante tricolor.


Entrosado ou não, o tricolor precisa reagir. E terá uma nova oportunidade para isso na quarta-feira (7), quando terá um confronto com o Vitória da Conquista, na Fonte Nova, em jogo válido pelo Campeonato Baiano.


Além do Campeonato Baiano e Copa do Nordeste, a equipe jogará a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana neste ano.



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