O dono de restaurante recusou atender oito profissionais do sexo e ainda chamou elas de “putas” na BR-163, na cidade de Matupá, distante cerca de 680 km de Cuiabá, no Mato Grosso, na noite de quarta (23/05). Após o constrangimento, as mulheres registraram um boletim de ocorrência. A polícia foi até o local e constatou a veracidade dos fatos. Testemunhas relataram “que não havia necessidade do suspeito tratá-las daquela forma, uma vez que, apesar da profissão delas, digna por sinal, são seres humanos iguais a gente”. Ainda segundo o registro, o comerciante afirmou que “não atendia pessoas desse tipo”.
As vítimas disseram que, embora realmente sejam profissionais do sexo, estavam no restaurante como qualquer cliente e tinham os mesmos direitos.
Um outro cliente também participou do crime e teria elogiado o dono do restaurante: “parabéns, concordo com você, aqui não é local de puta”. Ele confessou ter xingado as mulheres e afirmou que imediatamente algumas delas o teriam chamado de “viado”.
O dono do restaurante disse aos policiais que teria chamado o homem, de 52 anos, que estava com as mulheres, em um local reservado e pedido que ele levasse as acompanhantes embora, “pois não atenderiam putas, pois nem ele, nem sua mulher, gostavam daquele tipo de pessoa”, assumiu aos militares. E disse ter pedido que ele informasse isso diretamente às mulheres. Logo depois, o dono do restaurante teria ido à mesa delas e repetido que não as atenderia, mais uma vez as chamando de “putas”, por aquele ser um ambiente familiar.
Conforme o boletim de ocorrência, três testemunhas foram unânimes ao confirmar que o dono do restaurante teria expulsado as oito mulheres do estabelecimento e as xingado de “putas”. Eles também disseram que as vítimas não estavam fazendo nada demais (como gestos, ou atos obscenos) e que tinham acabado de chegar quando tudo aconteceu. Os dois acusados vão responder pelo crime de difamação.
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