O Sindicombustíveis articula uma operação jurídica para tentar evitar que donos de postos na Bahia não sejam punidos pelo governo federal em caso de reduzirem em R$ 0,46 o valor do litro do óleo diesel.
“Não há lei que nos obrigue a reduzir o preço nas bombas. Não quer dizer que não teremos boa vontade, desde que o restante da cadeia, sobretudo as distribuidoras, faça o mesmo. Sem dúvida, iremos à Justiça impedir punições anunciadas pelo governo”, diz o presidente do sindicato, Walter Tannus, em nota na coluna Satélite, do jornal Correio.
A reação do Sindicombustíveis se dá em meio à suspeita de aumento abusivo no valor do diesel cobrado na Bahia pela rede de postos Ipiranga, segunda maior distribuidora do País.
A Ipiranga reajustou em cerca de R$ 0,30 o preço repassado para os revendedores de sua rede na última quarta-feira, logo após o governo federal anunciar o desconto.
Agência Brasil - A Petrobras Distribuidora informou na noite de onem (1°), em nota, que além de todo o esforço logístico que vem empreendendo desde o dia 21 de maio para garantir o suprimento de combustíveis ao mercado, repassou integralmente as desonerações anunciadas pelo governo federal aos preços de diesel vendido à rede de postos, com o objetivo de contribuir para que essas reduções cheguem ao consumidor final.
A companhia cita como exemplo São Paulo, onde a redução foi de R$ 0,46 por litro e já é possível verificar em alguns postos Petrobras esta mesma diminuição no preço da bomba. No comunicado, a Petrobras Distribuidora reafirma seu compromisso com a sustentabilidade do seu negócio e da sua rede, continuando empenhada em adotar todas as ações operacionais e comerciais ao seu alcance para atender aos seus clientes em todo o Brasil.
A redução do preço do diesel é decorrente de negociações feitas entre o governo e entidades que representam os caminhoneiros após uma paralisação da categoria, que durou dez dias, ter prejudicado o abastecimento de combustível, de alimentos e de outros produtos praticamente em todo o país, além de ter causado prejuízos na agroindústria, nas exportações e em outros setores da economia.
O acordo com os caminhoneiros inclui também, entre outros pontos, a isenção da cobrança de pedágio dos caminhões que trafegarem com eixo suspenso e o estabelecimento de uma tabela de frete mínimo rodoviário.
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