O candidato a vice-presidente da República Fernando Haddad afirmou nesta quinta-feira (6) à GloboNews que não continuará na chapa do PT se o partido decidir indicar outro nome como candidato à Presidência.
Na semana passada, por seis votos a um, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto com base na Lei da Ficha Limpa.
Haddad deu a declaração à GloboNews, que, nesta semana, entrevista os postulantes ao cargo de vice-presidente das cinco chapas mais bem colocadas nas pesquisas de opinião (clique no nome do candidato para saber como foi a entrevista):
- Segunda-feira (3/9): Kátia Abreu (PDT), vice de Ciro Gomes (PDT);
- Terça-feira (4/9): Ana Amélia (PP), vice de Geraldo Alckmin (PSDB);
- Quarta-feira (5/9): Eduardo Jorge (PV), vice de Marina Silva (Rede);
- Sexta-feira (7/9): General Mourão (PRTB), vice de Jair Bolsonaro (PSL).
"Se o PT indicar um outro nome para disputar como candidato a presidente, o senhor continua na chapa como vice?", perguntou o jornalista Merval Pereira.
"Não continuarei na chapa como vice. Terça-feira vamos aguardar o resultado do Supremo, vamos decidir com o presidente [Lula] na segunda", respondeu Haddad.
Indagado então por Miriam Leitão se aceitará ser "cabeça de chapa", ou seja, o candidato a presidente, Haddad respondeu: "Isso que vamos discutir na segunda-feira".
'Falhas' na gestão econômica
Fernando Haddad também afirmou na entrevista à GloboNews que vê "falhas importantes" do PT na gestão das políticas econômicas, mas acrescentou que os "erros" não explicam a derrocada econômica.
Para Haddad, o governo petista foi alvo de "sabotagem institucional" por parte do senador Aécio Neves (PSDB-MG), do deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e da oposição, que, afirmou, se aliou a um vice-presidente com caráter "frágil".
"De 2003 a 2012, a meados de 2012, eu penso que, se cometemos erros na questão econômica, foram muito laterais. Não foram importantes. Em 2013 e 2014, alguns erros importantes, mas que não explicam a debacle de 2015 e 2016", afirmou Haddad.
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