Acusado de espancar policial diz que não lembra o que aconteceu




                                                                                                        Kleiton Costa
O advogado Orlando Freire de Assis, acusado de espancar um policial civil na noite do último domingo (10), em Feira de Santana, estregou-se à Justiça no início da tarde desta quarta-feira (13). O acusado alegou que não lembra o que ocorreu e o que motivou as agressões ao policial Paulo Sérgio.
Orlando estava com a prisão preventiva decretada e prestou depoimento no Fórum Filinto Bastos, durante uma audiência de custódia, com a presença de uma juíza e de agentes da Polícia Civil.
Imagens de uma câmera de circuito de TV registraram a briga. O advogado e o policial entraram em luta corporal. Paulo Sérgio caiu e foi agredido com chutes e socos. O advogado tomou uma arma que estava na cintura do policial. Momentos depois, atirou contra um homem que tentou intervir na confusão, mas que não foi baleado. Orlando também atirou em direção a Paulo Sérgio, mas a arma falhou. Depois, saiu do local com a esposa.
A delegada Bianca Torres, que presidia as investigações do caso, acompanhou o depoimento do advogado. “Os advogados tentaram revogar a prisão preventiva, mas a juíza indeferiu. Dei voz de prisão e o levei para depoimento.
“Ele fará exame de corpo delito e será levado para o presídio de Feira. Vou indiciá-lo por dupla tentativa de homicídio. Foi um ato covarde dele. O policial já estava desacordado e ele continuou os pontapés e socos. Subtraiu a arma do policial e tentou mata-lo”, disse a delegada.

Já o advogado de defesa de Orlando, Joari Vagner, informou que, antes da confusão captada pelas câmeras, houve uma briga entre o cliente dele e o policial em um evento que aconteceu no estacionamento do Shopping Boulevard.
“Ele [Orlando] esclareceu a versão dele. Informou que não tentou matar o policial nem o caminhoneiro. Teve uma briga dentro da festa com o policial e foi surpreendido pelo mesmo ao sair do evento, sendo ofendido”, disse Joari Vagner, acrescentando que . Orlaando atirou contra uma parede e um caminhão baú e não em direção às vítimas.
Processo na OAB
O vice-presidente da OAB, subseção de Feira de Santana, Rafael Pitombo, informou que o acusado poderá perder o registro da OAB. “A OAB está acompanhando essa situação. Ele não estava no exercício da profissão, mas o caso já foi encaminhado ao Tribunal de Ética da OAB de Salvador. Caso seja comprovado que ele cometeu algo que compromete a imagem da profissão, poderá ter o registro cassado”, explicou Rafael.
Rafael Pitombo disse ter visto as imagens das agressões e admitiu a gravidade do caso. “não só como advogado, mas como cidadão, fixamos chocados com as imagens. Vamos esperar o processo dentro da legalidade decidir o que deve ser feito”, concluiu o vice-presidente da OAB.
O policial civil está internado no Hospital Emec, em Feira de Santana e terá que passar por várias cirurgias. Paulo Sergio atua na Delegacia de Repressão a Tóxicos e Entorpecentes (DTE). A confusão ocorreu na Rua Newton Vieira, ao lado do Shopping Boulevard.
Com informações do repórter Messias Teles.
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1 comentários:

  1. Se realmente ficar comprovado que o advogado tentou matar o policial e o outro rapaz que tentou intervir, ele deve ser julgado por tentativa de homicídio e deve pagar por isso.

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