Gabriel Dallas
Em mais um capítulo da crise que divide o PSL, partido de Jair Bolsonaro, a dirigente do diretório da Bahia, deputada federal professora Dayane Pimentel, que ficou contra Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no episódio da lista para o líder na Câmara, em entrevista ao De Olho Na Cidade, disse que nunca traiu o presidente.
"Eu sou muito grata ao presidente Bolsonaro e as pautas que o governo carrega, embora há pontos em que eu não concordo, pois não sou fantoche. Serei leal até o último minuto, mas não submissa. Continuo sendo uma deputada da base do governo em cima das pautas neoliberais, e espero ter o direito de discordância resguardado. Estou com Bolsonaro, mas preciso preservar a minha prerrogativa de discordância. Eu também não posso ser ingrata com a legenda PSL que foi o partido que me abriu as portas", declarou a parlamentar.
Sobre a crise no PSL, a deputada disse que "aconteceu uma fratura exposta dentro do partido a partir de uma declaração infeliz do presidente Bolsonaro em relação à Luciano Bivar. Entendo que Bolsonaro tem que lidar com muitas situações políticas, mas para abrir a boca antes de qualquer coisa tem que saber refletir. Essas declarações causaram uma crise no partido."
Questionada se é a favor ou contra a possível expulsão de Eduardo Bolsonaro do PSL, Pimentel analisa que o diálogo é a melhor forma de resolver a situação diante de qualquer decisão "brusca".
"A expulsão de Eduardo do partido é uma decisão brusca que só cabe a análise da comissão nacional do partido que é composta por mais de 20 integrantes, incluindo os deputados federais. Apesar das divergências com ele, eu acredito no diálogo como alternativa, mas o que vale é o voto da maioria", concluiu.
Informações dos radialistas Jorge Biancchi e Valdeir Uchoa
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