Hackers invadem aula remota e exibem vídeo pornô para alunos de colégio na Bahia

 

Pais e responsáveis por estudantes do 5º ano do Colégio Acadêmico de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, denunciam a invasão de aulas online por hackers. Segundo eles, os criminosos fazem ameaças e já chegaram a exibir imagens e vídeos pornográficos para as crianças, que têm entre 10 e 11 anos de idade. Em contato com o Metro1, sob condição de anonimato, eles alegam que a escola não tomou providências adequadas para evitar as invasões.

Segundo uma das mães ouvidas pela reportagem, o problema começou em 19 de fevereiro, durante uma confraternização de início de ano, realizada de forma remota. “Aconteceram essas invasões na festa, mas não teve esse tipo de imagem. A pessoa em questão ficou só entrando e mandando áudios, mudando de conta, várias pessoas, mandando figurinhas e várias outras coisas. Já era um problema que estava acontecendo desde o dia 19. Depois do dia 19, virou recorrente, acontecia em todas as aulas”, explicou. Na aula da última quinta (25), porém, a situação se agravou, com a exibição de vídeos pornográficos. “O professor dizia ter derrubado e o hacker voltava cada vez mais agressivo. Todos os dias, ameaças, e agora os vídeos”, disse outra mãe.

O pai de um dos alunos avalia que o Colégio Acadêmico não tem conduzido a situação da maneira correta. “Até o momento, a informação que nós temos é que a escola não contratou nenhuma empresa especializada para poder barrar as ações deste hacker. Pelo que eu vi, o técnico é muito inexperiente para isso. A gente está meio sem ação”, pontuou.

Procurada pelo Metro1, a coordenadora do Colégio Acadêmico de Vilas do Atlântico, Gilmara Holzgrefe, afirmou que o problema foi registrado em apenas uma sala de aula e que as medidas cabíveis estão sendo tomadas para descobrir e punir o responsável. Segundo ela, além do contato com a plataforma onde são realizadas as aulas, uma ocorrência foi registrada no Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME). “Trabalhamos com a plataforma Google for Education, que é a mais segura que existe e a melhor para aulas online. O suporte do Google tomou a primeira iniciativa, que foi configurar as salas de aula para tornar seguras e redefinir senhas. Quanto às penalidades jurídicas, estão sendo tomadas para punir o invasor. Ninguém está livre disso, já aconteceu em várias escolas e órgãos governamentais, incluindo o Supremo Tribunal Federal”, disse.

Fonte Metro1

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