Entidades internacionais, a exemplo da cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, demonstraram preocupação com as saídas de Edson Leal Pujol, Ilques Barbosa e Antônio Carlos Bermudez dos comandos de Exército, Marinha e Aeronáutica, respectivamente.
De acordo com informações do colunista Jamil Chade, do portal UOL, uma rede de militares buscaram saber, por meio de canais não oficiais, o que a queda dos três chefes das forças no país representa e qual tem sido a reação do fato na base bolsonarista.
Também segundo a publicação, embaixadores do Brasil no exterior foram procurados por membros de governos estrangeiros que, de forma reservada, pediram informações sobre as saídas de Pujol, Barbosa e Bermudez um dia depois da queda do Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
Já na União Europeia e no Parlamento Europeu, líderes passaram a acompanhar a situação brasileira com especial atenção. Mesmo que a ordem oficial seja de não fazer comentários públicos sobre a situação doméstica de outros países, há preocupação quanto ao cenário brasileiro.
"Há uma enorme preocupação sobre o que um colapso institucional do Brasil pode representar para a região", admitiu um diplomata da UE. Na cúpula da ONU, a crise brasileira é seguida de perto por Antônio Guterres, secretário-geral da entidade. O alerta é de que, mesmo que não se configure uma ruptura da democracia, os acontecimentos mais recentes possam enfraquecer as instituições.
Relatores de Direitos Humanos das Nações Unidas também já foram informados sobre os acontecimentos nos últimos dias no Brasil e, em Washington, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos também já acompanha o caso.
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