Após cinco dias de paralisação dos motoristas e cobradores da empresa Rosa, a 2ª Vara de Fazenda Pública concedeu, a pedido do município de Feira de Santana, uma liminar determinando que o sindicato e a empresa Rosa suspendam, imediatamente, a suspensão do serviço de ônibus iniciada na última sexta-feira (08).
Em caso de descumprimento, havendo novas paralisações e bloqueios no terminal central, caberá aplicação de multa de R$ 50.000,00 por dia.
Na decisão, o juiz Nunisvaldo dos Santos argumenta que o “fechamento do terminal central e a paralisação de toda a frota de ônibus da empresa acionada, além de ser um evidente abuso do exercício do direito de greve, viola o direito e a liberdade daqueles que não pretendem participar do referido movimento. Enfim, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, salvo se por força da lei, e a lei não obriga ninguém a participar do direito de greve, apenas faculta.”
Em entrevista ao programa Jornal do Meio Dia, da rádio Princesa FM, o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana, Alberto Nery, afirmou que a empresa alega dificuldade para realizar o pagamento e que eles aguardam até o final da tarde de hoje (11) para o pagamento.
“Até o presente momento não foi nenhum efetuado nenhum pagamento, eu conversei mais cedo com a direção da empresa, eles estão buscando recursos em outras cidades que eles operam para tentar resolver a situação do pagamento até o final da tarde de hoje, então eles estão tentando não tem nada garantido. Os trabalhadores resolveram cruzar os braços, nós colocamos pra eles que apoiamos a paralisação, agora o sistema de transporte de Feira de Santana precisa, na realidade, de resolver esse imbróglio porque isso tem sido uma constância todo dia 05 e todo dia 20.”
Nery afirmou também que o prefeito Colbert Martins convocou a direção da empresa para uma reunião ainda está semana.
“O prefeito convocou a direção da empresa e eu acho que amanhã vai ter uma reunião pela manhã onde estarão todos os atores que compõem o sistema de transporte coletivo na cidade para que a gente possa resolver essa situação, seja através de uma intervenção, de um acordo com a empresa para que ela possa cumprir suas obrigações ou de uma licitação emergencial, então vai depender muito dessa reunião para o prefeito tomar essa decisão para que a situação não continue.”
Segundo o presidente a alegação de dificuldades financeiras não é apenas da empresa Rosa, porém a São João está conseguindo honrar com os pagamentos dos funcionários.
“A alegação de dificuldade no pagamento não é apenas da empresa Rosa, mas às vezes eu me pergunto por que uma, apesar de alegar dificuldades financeiras, continua operando e cumprindo com as suas obrigações nós verificamos que o fundo de garantia da São João está em dias, o ticket e o salário também, então por que uma consegue honrar e a outra não? Então fica essa pergunta no ar.”
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