Um velório ocorrido no distrito Paraíso, zona rural de Ruy Barbosa, na última terça-feira (9), chamou a atenção da população do município, sobre a alegação de que a senhora Iraci Rosa de Jesus, 56 anos, abriu os olhos enquanto estava sendo velada. Segundo relato da filha Patrícia Rosa de Jesus, a mãe passou mal quando estava sendo levada para realizar um exame e foi socorrida para o hospital Santa Casa de Misericórdia, onde foi atestado o óbito.
A família entrou em contato com uma funerária, que realizou os procedimentos de preparação do corpo e durante o velório, parentes e amigos teriam percebido que a mulher abriu os olhos e uma enfermeira atestou o batimento cardíaco e que o corpo apresentava temperatura normal. Patrícia contou que os familiares retiraram o corpo do caixão e retornaram ao hospital, e novamente foi verificado que não havia sinais vitais.
Ela acredita que a mãe pode ter morrido em consequência do formol aplicado no corpo após o atestado de óbito e afirmou que a família vai solicitar a exumação. Patrícia acrescentou que cerca de 20 pessoas testemunharam o episódio ocorrido durante o velório. Ouça o relato
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A respeito do caso divulgado na manhã de hoje (11) através das mídias sociais, a Santa Casa de Misericórdia de Ruy Barbosa esclarece que:
A referida paciente teve sua morte atestada de forma regular, clinicamente e através dos exames complementares adequados, não restando dúvida quanto à realidade da morte. Ato contínuo, o corpo foi encaminhado para o serviço funerário para os cuidados com o sepultamento e posteriormente foi levado para seu local de velório distante 30 minutos aproximadamente. Por fim, dez horas após o evento inicial o corpo foi levado novamente para a unidade de saúde, tendo seu diagnóstico de morte reiterado por profissional da saúde habilitado para tal informação, o médico, inclusive na presença de familiar (filha) em ambos os momentos.
Convém esclarecer que mesmo após a morte o corpo pode apresentar movimentos involuntários e emitir sons, sem que isso signifique qualquer sinal vital. A percepção familiar de ter havido movimento e os olhos entreabertos é descrito na MEDICINA LEGAL como fenômenos normais e comuns oriundos de espasmos.
Dito isso, concluímos que a paciente já se encontrava morta e que o relato, acontecido nove horas após o evento morte, representa uma interpretação popular equivocada de fenômenos cadavéricos.
Solidarizamo-nos com a dor familiar e desejamos força nesta hora tão difícil.
Assessoria
Blog Central de Polícia, com informações de Denivaldo Costa (rádio Subaé) e imagem reprodução BCP.
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