Giovanna Victer prevê recuperação “forte” após pandemia e arrecadação recorde no verão de 2023

 


A secretária municipal da Fazenda, Giovanna Victer, comentou, na noite desta quarta-feira (15) na Barra, sua expectativa de arrecadação para Salvador no verão de 2023. A economista preferiu não falar objetivamente dos números, mas apontou que, com o fim da pandemia de Covid-19, deve haver um aumento considerável da receita com o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

 

“Nosso verão aqui deve ter de ISS uma receita superior em 25% em relação aos anos anteriores, em função da reabertura da economia. Nós temos uma forte influência no verão de setores como hotelaria e transporte, serviços que contam de forma relevante para a nossa receita nesse período. É uma sazonalidade que a gente vinha perdendo em 2021, em 2022, mas que agora a gente pretende recuperar e muito forte”, afirmou Victer.

 

De acordo com a titular da Sefaz Salvador, a tendência é que a arrecadação do verão de 2023 supere não apenas as dos anos em que não houve Carnaval, devido à pandemia. A receita deve superar também 2020, ano da última folia momesca na cidade.

 

“A expectativa é que a gente recupere forte, inclusive em relação a 2020. Ou seja: nós vamos crescer ainda mais em relação ao que a gente tinha anteriormente [à pandemia de Covid]”, complementou a secretária da Fazenda.

 

Victer também comentou sobre a proposta de Reforma da Previdência que tem sido preparada pelo governo federal, sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Para ela, ainda é preciso deixar claro qual modelo será adotado pela administração.

 

“Nós estamos acompanhando muito de perto a perspectiva de reforma. A que vem sendo falada pelo governo federal unifica os impostos. O governo ainda não deixou claro se a proposta será unificar só os impostos dos municípios com os dos estados, e deixar o da União, formando um imposto dual; ou se ele vai juntar todos os impostos, os três da União, dos estados e dos municípios, em um grande imposto sobre consumo”, ponderou Victer.

 

De acordo com a titular da Sefaz, a prefeitura de Salvador precisa acompanhar atentamente as possibilidades de mudança no sistema tributário nacional, para que os serviços municipais não sejam atingidos, prejudicando assim o contribuinte.

 

“Nós estamos acompanhando de perto, porque nós temos obrigações constitucionais com despesas que não podem ser interrompidas, como Saúde, Educação e Assistência Social. Nós não podemos ter choques de arrecadação. Então acompanhamos de forma muito atenta, para garantir a sustentabilidade das receitas da nossa cidade, que hoje são muito bem sucedidas”, concluiu Giovanna.

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