Servidores da Câmara denunciam assédio e perseguição

 

Servidores da Câmara denunciam assédio e perseguição


Na manhã desta quarta-feira (01) servidores da Câmara Municipal alegam que foram foram expulsos de de suas salas de trabalho por um dos advogados contratados pela presidente Eremita Mota para prestar assessoria jurídica à Casa Legislativa.

Um dos servidores do setor financeiro, Edson de Oliveira, contou ao De Olho na Cidade que se recusou a disponibilizar a documentação pedida pelo advogado.

Foto: Robson Nascimento

“O setor financeiro todo foi expulso da sala por um advogado que não é nomeado, ele é assessor e se apossou da sala, quis fazer revista nos documentos pessoais dos servidores que estavam nas gavetas sem mandato nenhum, isso é um absurdo e eu aceitei, ele veio para cima de mim, me cercou e disse que iria chamar a polícia, ele afirmava que estava resguardando o documento público, mas nós somos servidores e sabemos das nossas competências.”

Presidente da Associação dos servidores, José Joaquim relatou o ocorrido e afirmou que os servidores ainda não receberam o pagamento do ticket alimentação.

Foto: Robson Nascimento

“O que aconteceu hoje foi um episódio extremamente lamentável, servidores de 40 anos de Câmara foram violentamente expulsos de suas salas, tendo que se submeter a uma revista dos documentos por pessoas que não estão investidas nos cargos da Câmara que não teriam nenhuma capacidade de estarem fazendo o que fez, mas infelizmente é essa a nossa situação, nós não temos mais tranquilidade para trabalhar. O regimento e as regras estão sendo atropelados a todo momento, sempre dizendo que vai pagar o vale que já temos um mês sem receber, já era o período de estarmos recebendo o mês de março e não se pagou nada até agora descumprindo totalmente a decisão judicial. É preciso que a administração sente com os servidores e escute o que eles querem porque está no limite.”

Durante seu discurso no Plenário na Casa, o vereador Fernando Torres mostrou indignação sobre o acontecido.

“Chegando na Casa hoje fiquei perplexo em saber que uma menina que trabalhou comigo dois anos foi humilhada pelo advogado contratado por essa presidenta. O poder não é isso, o poder é bom para fazermos o bem para alguém.”

Em coletiva de imprensa, a presidente da Câmara de Vereadores(CMFS), Eremita Mota (PSDB), apontou um possível boicote por parte de um grupo de servidores. “ A nossa presidência vem tendo dificuldade em avançar nos trabalhos, não vou apontar nomes porque está em investigação, na hora certa será colocado em pauta”, afirma. 

Já o Procurador Geral da CMFS, André Novais, informou que foi aberto uma sindicância para apurar possíveis irregularidades no empenho do valor 615 mil, destinados ao pagamento do ticket alimentação sem autorização da presidente. “Foi constatado que houve uma inserção de empenho não autorizado pela presidência da Casa, Isso pode se configurar um crime. Dentro dessa situação os servidores do setor contábil e financeiro da câmara foram temporariamente afastados.”

*Com informações do repórter Robson Nascimento

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