Prefeito João Bahia Fala Sobre os Desafios Financeiros de Amélia Rodrigues

Em uma entrevista franca e detalhada, o prefeito de Amélia Rodrigues, João Bahia, compartilhou as preocupações e desafios financeiros enfrentados pelo município. Ele revelou que o município sofreu uma perda de fundo de participação de aproximadamente 8% no mês de agosto, afetando significativamente a arrecadação local.


"Nós tivemos uma perda de fundo de participação nesse mês de agosto de torno de 8% aqui no município", Bahia explicou, "outras cidades também tiveram variações, mas a realidade é que a perda de arrecadação dos municípios é grande. Não repõe nem a inflação do que a gente vem tendo de resposta do fundo de participação”. 


Ele destacou a dificuldade de repor sequer a inflação com os recursos do fundo de participação, enquanto o governo federal alega queda de arrecadação. Ele ressaltou a recente aprovação da desoneração da folha de pagamento e expressou esperança de que o Senado também mantenha essa medida. "Espero que o Senado mantenha, deve manter, porque também saiu do Senado para a Câmara", acrescentou o prefeito.


"O município precisa urgentemente de apoio federal, principalmente do apoio federal e dos estados também”, enfatizou, "porque nós tivemos a perda da arrecadação do ICMS, com aquela que se mexeu no ano passado e se deu benefício de redução do ICMS dos combustíveis, então, de 25 para 18, 19, se não me falha a memória”. 


O entrevistado alertou para os desafios enfrentados na área de saúde, destacando a falta de reajuste nos valores do SUS por mais de uma década.


 "Quantos anos tem? Tem mais de década, se não me falha a memória”,  questionou. 


Ele apontou que a saúde se tornou uma despesa cara para os municípios, e em sua cidade, ele já está alocando 27% do orçamento para a área de saúde, retirando recursos de outras áreas importantes. 


"Eu estou com 27% de índice de saúde, por quê? Porque eu posso colocar até 15%, mas eu já coloquei 27%”, explicou.


"Os municípios, principalmente os municípios pequenos, que não têm arrecadação própria, o IPTU, a gente não consegue cobrar 40% do IPTU”, Bahia ressaltou, "uma cidade que não tem indústrias, que não tem como arrecadar ISS, a arrecadação de ISS é muito pouca. Como é que vai ficar isso no município?".


O prefeito fez um apelo por um pacto federativo que inclua uma maior ajuda aos municípios, especialmente os menores, que enfrentam dificuldades financeiras crescentes.


 "Se não houver um pacto federativo realmente para ajudar os municípios, nós vamos entrar numa situação muito caótica”, ressaltou ele.


Na entrevista, Bahia também discutiu os planos de desenvolvimento econômico do município, incluindo a chegada da empresa Colormark, que promete trazer empregos diretos e indiretos para a cidade. 


"Em breve ela vai estar aqui para iniciar as obras. É o que a gente tem conversado com a empresa”, disse.


No encerramento da entrevista, o prefeito reiterou seu compromisso com a gestão responsável e expressou gratidão por poder pagar salários, fornecedores e manter a cidade funcionando, mesmo diante das dificuldades financeiras.


 "Vamos que vamos, é tempo de reconstruir," concluiu o prefeito.

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