A Tribuna de Oradores da Câmara Municipal de Feira de Santana agora tem o nome da heroína da Independência na Bahia, Maria Quitéria de Jesus Medeiros. A instituição do nome está prevista na Resolução No 539/23, promulgada nesta terça-feira (08), em sessão especial promovida pela Casa da Cidadania. No evento, foram inauguradas pela presidente Eremita Mota (PSDB) a placa de identificação do espaço e um quadro com a imagem de Soldado Medeiros (como a homenageada era chamada pelos colegas de farda) doada pela artista plástica Maria José Negrão.
Primeira mulher a ingressar nas Forças Armadas do Brasil, Maria Quitéria recebeu de Dom Pedro I, em 1823, o título de “Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”. Reconhecida e homenageada em todo o país, a sua imagem deve estar presente em todas as repartições e unidades do Exército. A presidente do Legislativo, Eremita Mota, autora do Projeto de Decreto Legislativo que presta a homenagem, comandou a sessão tendo à Mesa de Honra a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Gerusa Sampaio; vereadora Lu de Ronny (MDB); secretária de Governo, Eliene Cerqueira; Maria José Negrão e a professora e historiadora Lélia Vitor Fernandes.
Convidada para falar sobre Maria Quitéria, Lélia Vitor Fernandes disse que, neste município, o nome da feirense identifica uma das maiores avenidas da cidade e também uma Comenda da própria Câmara, além do palácio-sede do Governo Municipal, logradouros públicos, instituições e o próprio distrito onde nasceu, antigamente chamado de São José de Itapororocas. A heroína também é patrona da Academia Metropolitana de Artes e Letras de Feira de Santana e denomina escolas na Princesa do Sertão, em Salvador, Camaçari e Santa Catarina.
Para Eremita Mota – primeira mulher a presidir a Casa Legislativa de Feira de Santana – a inauguração da Tribuna Maria Quitéria é um momento ímpar para a história do município. Símbolo da emancipação feminina, a guerreira feirense era “visionária e muito à frente do seu tempo”, e, até hoje, inspira as mulheres a ocuparem espaços até então restritos aos homens, acrescenta. “É este o legado que eu também quero deixar aqui, para que outras mulheres percebam que não há espaço que elas não possam ocupar, inclusive nesta casa parlamentar”.
REGIMENTO PREVÊ DENOMINAÇÃO
Seguindo regras e diretrizes que variam conforme o Regimento Interno da Câmara, a prática de nomear espaços nas casas legislativas do Brasil, especialmente o Plenário e a Tribuna de Oradores, é bastante comum. Isto pode ser feito para homenagear personalidades importantes, reconhecer contribuições relevantes ou marcar datas históricas. Em 1994, a então Mesa Diretora da Câmara Municipal de Feira de Santana propôs o nome do ex-prefeito e ex-vereador Colbert Martins da Silva para identificar o plenário da Casa da Cidadania. A ideia foi aprovada entre os parlamentares e instituída através da Resolução 313/94.
*Ascom
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