NA última terça-feira dia 28 de novembro , o conjunto George Américo celebrou 36 anos de uma história marcante e de superação. Fundado em 28 de novembro de 1987 por George Américo e mais de 5 mil pessoas, o bairro tem se transformado em um dos maiores conjuntos populares de Feira de Santana.
George Américo, embora não esteja mais presente, desbravou a região ao lado de milhares de moradores, invadindo o antigo campo de aviação que hoje é o George Américo. Seu ideal de proporcionar moradia digna aos menos favorecidos ganhou força, e mesmo após sua morte em maio de 1988, seu legado persiste.
Ao longo desses 36 anos, o George Américo se transformou de uma invasão rejeitada em um bairro forte, com comércio expressivo, grandes supermercados, lojas e uma diversidade de serviços. A antiga discriminação de morar na invasão deu lugar ao orgulho de pertencer a um dos maiores conjuntos residenciais da cidade.
Suca do George, que preserva a história do conjunto, durante um evento comemorativo, destacou: "Agradecemos a Deus por mais um ano de resistência. Hoje, o George Américo é um bairro completo, com diversos comerciantes, serviços públicos, e pedimos aos governantes mais apoio, especialmente na revitalização da praça e projetos sociais para nossa juventude".
**Histórias de Resistência e Conquistas**
Em entrevista com Sara, uma das moradoras, ela expressa suas preocupações: "A praça precisa de limpeza e organização. A quadra está em situação complicada. É necessário uma reforma urgente para proporcionar um espaço adequado para as crianças".
Maria José, moradora desde o início, relembra a invasão com emoção: "Nós trabalhávamos pisando em lama, pisando em espinho, em vidro e nós colocamos água aqui
para vender, para ter uma verbazinha eu vinha para vender água ao povo, naquela época tudo que a gente faz na vida é futuro, trazia feijoada, e aí quando veio para invadir o terreno a gente veio de inchada, a gente veio de pá tomamos carreira de polícia e foi aquela luta”, relembrou ela.
Seu Severino, residente há 36 anos, comenta sobre a necessidade de atenção das autoridades para a manutenção do bairro, mencionando a deterioração da quadra e a falta de organização nas barracas de comércio.
“Hoje em dia está meio jogado sem ninguém olhar para o bairro
tudo meio à toa e está precisando de uma atenção mais das autoridades competentes inclusive a quadra está abandonada o alambrado as paredes aí tudo rachada mas o pior é que o pessoal que usa que quebra tudo”, disse ele.
“Eu estou satisfeito até demais, eu tenho 36 que moro aqui e defendo muito o Geógio Américo. Antigamente era muito rejeitado ah, você mora na invasão, não tinha isso? mas hoje não é invasão hoje tem gente que quer uma casa aqui e não pode não pode comprar uma casa aqui, porque é um valor considerável é uma pedra de ouro”, afirmou.
A matéria também destaca a importância da base comunitária da Polícia Militar na melhoria da segurança do George Américo, segundo relatos de moradores.
Eventos Comemorativos e Desafios Futuros
Em meio às celebrações, a comunidade se mobiliza para eventos durante o final de semana em comemoração ao aniversário do bairro, incluindo shows gospel e secular. A comissão organizadora ressalta a gratidão e o compromisso em continuar buscando melhorias.
Em uma sessão na Câmara em homenagem ao aniversário do bairro, Carlos Geilson falou sobre o momento em que nasceu o bairro, com a invasão do local.
"Eu cheguei no Geógio Américo às seis horas da manhã, no antigo campo de aviação, onde estavam os primeiros ocupantes. Eu era repórter, trabalhava num Fiat 147. Depois de uma noite movimentada de ocupação, fiz amizade com o primeiro anunciante, o empresário Wilson de Wilson Materiais de Construção, que está aqui. É uma história bonita de luta e prosperidade. Hoje, é um comércio forte em Feira de Santana, o coração do Campo Limpo, o conjunto Geógio Américo”, afirmou.
O capitão Fernando, comandante da base comunitária, enfatiza a importância do policiamento comunitário na transformação do George Américo, tornando-o um bairro mais seguro e aproximando a polícia da comunidade.
O empresário Wilson, um dos primeiros comerciantes do George Américo, ressalta seu papel na oferta de materiais de construção e a contribuição para o desenvolvimento econômico do bairro.
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