O secretário de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Recursos Hídricos de Feira de Santana, Alexandre Monteiro, respondeu às declarações da presidente do MOC (Movimento de Organização Comunitária), Conceição Borges, que esteve na Câmara Municipal de Feira de Santana para reivindicar que seja decretado situação de emergência em Feira de Santana por conta da seca.
“Eu queria dizer que me causou estranheza ouvir a participação da amiga Conceição na Câmara de Feira de Santana. Não sei se por conta do momento político essas questões estão sendo mais exacerbadas, mas o fato é que não fomos procurados pelo MOC nem pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana para solicitar situação de emergência”, afirmou em entrevista ao programa Cidade em Pauta (rádio
O secretário afirmou que a Secretaria de Agricultura tem tratado a questão da seca com seriedade. “No mês de maio deste ano, realizamos um grande seminário em Feira de Santana com um dos maiores especialistas em clima do Brasil. Ele trouxe informações precisas sobre as condições climáticas atuais e futuras”, relatou. Segundo ele, as previsões apontavam para um período de secas e temperaturas extremas, já previstas pelo laboratório responsável pelo monitoramento climático do nordeste brasileiro.
Alexandre também respondeu às críticas sobre a falta de um Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável.
“É preciso que as pessoas se informem e participem das discussões sobre questões agrícolas e climáticas.” Enfatizou.
Em relação à declaração de emergência, Alexandre explicou que ainda estamos no inverno, que vai até 23 de setembro, e que as médias pluviométricas já foram previstas como sendo abaixo da média.
“A Secretaria está trabalhando com a operação pipa desde janeiro e nunca houve uma distribuição de ração animal tão significativa quanto a de 90 toneladas feita no início deste ano”, ressaltou.
O secretário destacou ainda que a Secretaria está desenvolvendo um plano abrangente para enfrentar a seca de forma sustentável.
“Estamos construindo instrumentos para dotar o município de sistemas de abastecimento de água, como poços artesianos e sistemas simplificados. A ideia é não apenas enfrentar a seca imediata, mas também criar condições para a autonomia futura da zona rural”, explicou.
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