A morte de um adolescente de 14 anos em Feira de Santana, após ser baleado, tem causado grande comoção na cidade e repercussão em todo o estado da Bahia. O jovem, que teria simulado um assalto com amigos, foi abordado por uma guarnição da Rondesp e acabou sendo atingido por disparos de arma de fogo, resultando em sua morte.
O tenente-coronel Müller, do Comando de Policiamento Regional Leste, comentou o ocorrido e lamentou profundamente o desfecho trágico.
“Nós reiteramos o conteúdo da nota que foi publicada por nosso comandante, coronel Lopes, no sentido de que lamentamos profundamente. Todos ficamos extremamente pesarosos com o desfecho dessa ocorrência”, disse o oficial.
Segundo o tenente-coronel, a versão inicial apontada pela guarnição da Rondesp sugere que os jovens simularam um assalto a outros adolescentes que estavam em uma motocicleta, o que teria motivado a reação da polícia.
“A guarnição, ao avistá-los na contramão de direção, interpretou a situação como um ato de agressividade, o que resultou no disparo de armas de fogo”, explicou.
Amigos e familiares do adolescente protestaram, alegando que ele não estava armado no momento da abordagem. Sobre essas manifestações, o tenente-coronel afirmou entender a dor dos parentes, mas destacou a necessidade de aguardar os resultados da investigação.
“Nós entendemos perfeitamente as manifestações de pesar e acolhemos esses sentimentos. Porém, a verdade real só será conhecida a partir do inquérito policial e da sindicância que está sendo conduzida pela Polícia Militar”, disse ele.
O caso está sob investigação da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana e também será alvo de uma sindicância interna da Polícia Militar.
“Até que isso ocorra, o que temos é a informação da guarnição e de algumas testemunhas, mas só teremos a verdade com a apuração completa”, ressaltou.
Sobre o futuro dos policiais envolvidos, o tenente-coronel afirmou que, por enquanto, eles continuarão em atividade, conforme prevê a legislação.
“A legislação não prevê afastamento automático nessa hipótese, mas estamos atentos para oferecer suporte psicológico aos envolvidos. Todos os quatro policiais são pais e estão igualmente abalados com o desfecho da ocorrência”, concluiu.
*Com informações do repórter Danillo Freitas
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