Um gesto de empatia e solidariedade protagonizado por uma policial militar da 64ª CIPM, em Feira de Santana, chamou a atenção da população e viralizou nas redes sociais nesta semana. A Soldado PM Lorena, que fazia parte da guarnição de atendimento em uma ocorrência de assassinato, foi filmada enquanto abraçava uma mãe em desespero após a perda de seu filho durante uma ação criminosa.
O caso ocorreu na terça-feira (29), quando dois homens armados executaram um jovem de 21 anos e feriram outras duas pessoas, incluindo um idoso, em plena luz do dia no centro da cidade. Câmeras de monitoramento capturaram a imagem dos suspeitos, que estão sendo procurados pela Polícia Civil. O episódio destacou um dos aspectos mais sensíveis do trabalho policial: lidar com a dor das vítimas indiretas e prestar apoio emocional mesmo em meio à violência.
Ao relembrar o momento, a Soldado PM Lorena descreveu a força necessária para enfrentar a situação e o impacto emocional que o ocorrido teve sobre ela.
“Eu me imaginei no lugar daquela mulher”, relatou. “Primeiro eu me emocionei com a cena, depois eu recolhi minhas lágrimas e fui ajudar quem estava sofrendo um pouquinho mais do que eu.”
A policial ressaltou que, embora o acolhimento emocional faça parte de seu trabalho, aquela situação tocou-a profundamente.
“Durante todos os nossos serviços a gente se depara com situações de pessoas abandonadas, de crianças, de mulheres, mas com aquela dor… Foi a primeira vez”, disse Lorena, destacando a importância de um gesto simples de solidariedade e como ele transcende a obrigação profissional. “Me surpreende esse alvoroço todo em relação a um abraço que não precisaria partir da Polícia Militar. A gente tinha ali inúmeras pessoas que poderiam ter ido dar o abraço à moça.”
A soldado também aproveitou para fazer uma reflexão sobre o papel de cada cidadão na construção de uma sociedade mais compassiva e solidária.
“Que nos tornemos, independente da profissão, mais humanos, mais empáticos e mais solidários. É disso que a gente precisa”, afirmou. “Muitos se questionam sobre a violência, mas a violência é parte de cada um de nós quando a gente não faz a nossa parte como cidadão.”
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