Câmara de Feira de Santana aprova empréstimo para drenagem e rejeita outros dois projetos do executivo

 

Câmara de Feira de Santana aprova empréstimo para drenagem e rejeita outros dois projetos do executivo
Foto: ASCOM Câmara Municipal

A sessão da Câmara Municipal de Feira de Santana nesta quarta-feira (11) foi marcada por tumulto e debates acalorados. A pauta incluiu três pedidos de empréstimos apresentados pela Prefeitura. No momento mais polêmico da sessão, o vereador Ron do Povo desligou os equipamentos de som do plenário, em protesto contra a suposta falta de transparência na apresentação dos projetos.

Dos três pedidos submetidos à votação, apenas um foi aprovado: um empréstimo de 64 milhões de dólares destinado a obras de drenagem. Os projetos de 80 milhões de dólares, também para drenagem, e de 37 milhões de dólares, para a compra de 12 ônibus elétricos, foram rejeitados.

Segundo o vereador Silvio Dias (PT), o total das propostas de empréstimos, incluindo novos pedidos ainda em tramitação, chega a 900 milhões de reais. Ele criticou o volume e o momento da proposta:

“Faltando 20 dias para o término do mandato, somos surpreendidos com três pedidos de empréstimos que totalizam quase metade do orçamento anual do município. É um completo absurdo. A cidade passou quatro anos esburacada, os postos de saúde funcionando inadequadamente, com médicos e enfermeiros sem receber. Agora, faltando 20 dias para o final do mandato, recebemos esses projetos de empréstimos, internacionais inclusive. Isso é um completo absurdo. Não podemos aceitar que a cidade seja endividada para tapar buracos nas contas do município.”

Um quarto pedido de empréstimo, no valor de 50 milhões de dólares, está previsto para ser discutido nesta quinta-feira (12). Os recursos seriam destinados a obras de saneamento, meio ambiente e mobilidade urbana, mas o vereador José Carneiro já solicitou a retirada de pauta.

O vereador Jurandy Carvalho destacou a importância de priorizar o orçamento e evitar decisões precipitadas:

“Foram três pedidos de empréstimos votados, mas apenas um aprovado. O projeto de 64 milhões foi aprovado, o de 80 milhões foi derrubado, e o de 37 milhões para a compra de ônibus elétricos também não teve votos suficientes. Precisamos finalizar o ano de forma responsável, garantindo que o próximo prefeito tenha condições de administrar sem um peso financeiro inviável.”

*Com informações do repórter Robson Nascimento

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