
Em coletiva realizada nesta terça-feira (15), no Paço Municipal Maria Quitéria, o prefeito José Ronaldo de Carvalho anunciou um novo passo na área da saúde: a elaboração dos estudos para a construção do Hospital Municipal de Feira de Santana. A iniciativa, segundo o gestor, será viabilizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) e terá como base o atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A área escolhida para receber a nova unidade hospitalar está localizada na Avenida Maria Quitéria, onde funcionava a antiga Associação de Proteção à Infância, Adolescência e Família (API).

“Essa área pertence ao município, pois foi devolvida ao patrimônio da prefeitura após o encerramento das atividades da associação”, explicou o prefeito.
José Ronaldo destacou a importância histórica e emocional do momento. “

Nesse período todo que fui prefeito, esse é um momento muito forte. Autorizar a contratação de uma fundação de renome nacional para elaborar os estudos técnicos que viabilizarão uma licitação pública é, para mim, a realização de um sonho”, afirmou. “É preciso planejamento, estudo e gente preparada. Essa fundação reúne professores e doutores reconhecidos em todo o país.”
O projeto será elaborado pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, que terá o prazo de seis meses para apresentar os estudos técnicos, jurídicos e financeiros.
“Será um hospital de excelência para o SUS, como o Hospital do Subúrbio em Salvador. Cito como exemplo a área de angiologia, que hoje é extremamente difícil de se acessar em Feira de Santana”, complementou o prefeito.

A nova unidade hospitalar terá acesso por quatro ruas, incluindo a própria Avenida Maria Quitéria. Segundo o prefeito, o projeto prevê inclusive garagem subterrânea para evitar problemas com estacionamento. A quantidade de leitos e a divisão entre enfermarias e UTIs ainda será definida com base nos estudos técnicos.

José Ronaldo fez questão de frisar que, embora a obra seja feita através de uma Parceria Público-Privada, o atendimento será integralmente público.
“Repito: será 100% SUS. Algumas pessoas confundem PPP com hospital particular, mas isso não procede”, esclareceu.
O coordenador de projetos da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Rafael Castilho, ressaltou a necessidade de uma base sólida para a concretização de um hospital dessa magnitude.

“Não se faz uma obra dessa importância sem estudo e planejamento. A modelagem jurídica, financeira e técnica é fundamental para garantir que o serviço prestado seja de qualidade e economicamente viável para o município”, destacou.
Ele ainda completou: “Nosso papel é entregar ao município um projeto que se sustente, que seja viável e que realmente melhore a qualidade de vida da população.”

O secretário de Saúde, Rodrigo Matos, lembrou que esse projeto era um compromisso de campanha do prefeito e representa uma nova esperança para a população.

“Hoje, temos o Hospital da Mulher, referência na saúde materno-infantil. Agora, queremos um hospital geral que complete essa rede, que atenda as demandas não resolvidas e evite o deslocamento de pacientes para Salvador.”
Já o secretário de Planejamento, Carlos Brito, explicou que a proposta do Hospital Municipal surgiu após a decisão de não dar continuidade ao projeto do Hospital Dia, por limitações técnicas e estruturais.
“Juntamos técnicos das secretarias de Planejamento, Administração, Saúde e outras áreas. Estudamos modelos e escolhemos uma instituição com um histórico respeitável, como a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, para liderar esse projeto.”

*Com informações dos repórteres Matheus Gabriel e Rafael Marques
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